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Essa semana conversei com uma pessoa que não falava há muito tempo. Fiquei emocionada pelo fato dela dizer que adorava conversar comigo e, mesmo a gente tendo se separado por conta do destino, ela ainda tem muita consideração por mim. E pensar que a gente não se dava muito bem quando nos conhecemos; ficamos amigas depois, também pela convivência. Acho que uma aprendeu a admirar a outra quando se conheceram de verdade, =).
O engraçado é que assim como ela, outras pessoas também me pedem conselhos... e o que eu posso oferecer é minha vivência, minhas “conclusões” a respeito da vida...fiquei especialista em certos assuntos, =)... mas eu mesma fico muito perdida às vezes e também preciso de conselhos, =). Eu não tenho a resposta pra tudo, longe disso; mas pelo menos posso dizer como consegui superar certas coisas sem “enlouquecer”, =).
O coração da gente é uma selva. Tem horas que é lindo, florido, ensolarado, abundante... mas vc se distrai e fica tudo escuro, chuvoso, denso, perigoso... mas é o mesmo lugar, só muda sua situação, seu lugar dentro dele.
Aprendi com uma pessoa muito querida que, nessas horas, temos que apelar pra razão. Sair da selva, olhar por cima e ver qual o verdadeiro foco do incêndio; se o vento está contra, se o fogo vai consumir tudo ou se é só uma fogueira mal apagada que não vai causar um estrago maior.
Porque às vezes vc se desespera, achando que o perigo é grande, mas dá pra apagar o fogo e deixar tudo florescer de novo, sem nem sinal do acontecido.
Mas tem hora que a gente fica tentando apagar um incêndio que já tomou conta da floresta toda usando uma pá... e aí não se dá conta que tudo já se perdeu; que o esforço é inútil. É melhor deixar queimar e depois voltar, replantar tudo de novo, com paciência e muito devagar.
A gente não morre de amor.
Até acha que vai morrer, porque uma dor dessas rasga a alma e deixa uma cicatriz imensa, que pode até parar de doer, mas não vai sumir. Ela vai ficar ali pra te mostrar exatamente isso: que vc sobreviveu e seguiu em frente. Que vc sentiu a dor, que sangrou muito. Mas parou de sangrar, fechou e parou de doer.
Claro que vc não fica imune de se machucar de novo. Claro que outras feridas podem se abrir. Mas vc sabe que sobrevive. E perde o medo.
Eu aprendi a não depositar todos os meus sonhos em ninguém, a não ser em mim mesma. EU sou responsável pela minha felicidade e meu sucesso. Deixar isso por conta de outro é como pular de pára-quedas esperando que outro puxe a corda. Ele pode decidir puxar só a dele... e vc se esborracha no chão, a não ser que assuma o controle.
Eu me prometi que nunca mais digo a ninguém que “Não vivo sem vc.”
Ahhhh... eu vivo sim!!
Vivi até encontrá-lo, porque não viveria mais?? Porque eu tenho que atrelar minha vida?? E meus sonhos, minhas vontades, minhas convicções?? Ah nem...
Eu posso amar... e eu amo. Mas hoje o meu amor por MIM é maior que tudo.
E, depois que eu me convenci disso e passei a me valorizar(e agradeço muito ao meu neguinho por isso), eu deixei de chorar. Deixei de passar noites chorando, me culpando, achando que eu tinha todos os defeitos do mundo.
Eu posso escolher e fazer o que quiser... inclusive sofrer. Sim, é uma escolha, e eu opto pelo Não Sofrer. Largo a floresta queimando, volto depois pra replantar tudo, com novas espécies... Deixo a ferida sangrar, boto um curativo e espero cicatrizar. Me descabelar só vai me deixar feia mesmo, e além de tudo não vai resolver...
Uma vida compartilhada tem que ser celebrada, e não forçada, sofrida. Tem que ter cumplicidade e respeito, e não cobranças e mentiras. Tem que um fazer o outro crescer, e não um se anular em favor do outro.
Ah, falei demais... muita luz e Amor, que todos nós merecemos!!
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